Esposa de secretário de obras é proprietária de empresa de recolhimento de entulhos e inservíveis
Atraso na coleta de inservíveis aumenta a
procura por empresas privadas
Enquanto a população sofre com os
constantes atrasos no serviço de recolhimento de galhos e inservíveis, que é
obrigação da prefeitura, através da secretaria de obras, as empresas privadas
que operam os mesmos serviços, começam a aumentar seus faturamentos.
A opção por requisitar os serviços de uma
empresa privada de recolhimentos de galhos e inservíveis, passou a ser a ser a
única opção para quem precisa retirar galhos e inservíveis sem ter que esperar
o longo tempo de espera pelo serviço público do município.
A empresa OESTE CAÇAMBAS E TRANSPORTES –
MEI, de propriedade de Patricia Kammer Oliveira, esposa do secretário de obras,
Fabio Bendo de Oliveira, é uma das empresas que executam esses serviços em
nosso município.
Pode até ser coincidência, o fato de
marido e mulher trabalharem no mesmo ‘ramo’, mas essa é a situação do casal Bendo
em STI, a esposa executando serviços em dia na vida privada e o esposo não
conseguindo ter sucesso na execução do mesmo serviço na vida pública. Uma
situação interessante e as vezes difícil de se entender, pois o fato de serem
proprietários de uma empresa no ramo, significa que o problema dos atrasos, não
é falta de experiência.
O difícil de explicar é como que quem
atrasa os serviços para a população, tem dentro da família a solução do
problema. Que é só a pessoa fazer uma ligação, que a empresa imediatamente
executará os serviços. Que dentro da família, conseguem separar o público do
privado!
A prefeitura acaba de “jogar a toalha” e
reconhecer que não consegue executar os serviços de coleta de galhos e
inservíveis dentro do organograma que funcionou por quase 20 anos. Agora propõe
um novo calendário, com um período ainda maior na demora da coleta, que passará
a ser feita a cada dois meses.
Sinceramente, não dá pra fechar esta
matéria, sem pensar que algo de muito estranho vem acontecendo em nossa cidade.
Pois serviços públicos, estão começando a dar sinais de falência, enquanto a
opção dos mesmos serviços privados, começam a se erguer. Vejamos o caso da
demora nos exames laboratoriais de até três meses por exemplo, que de forma
privada ficam prontos em três dias. Vejam o caso da elevação no movimento das
farmácias particulares, consequência da falta de medicamentos na farmácia
municipal. E assim poderíamos citar mais casos, mas que não há necessidade no
momento, pois nossos queridos leitores já perceberam onde estamos querendo
chegar.