Advogado condenado por atuar contra operação anticorrupção é preso em São Paulo
O advogado Egídio Fernando
Arguello Júnior, um dos condenados por crimes investigados na Operação Pecúlio,
que investigou desvios de verbas públicas em Foz do Iguaçu (PR), foi preso neste
sábado (28), em São Paulo.
Foto: ROTA SP/UOL
O advogado foi condenado
por crimes de falsidade ideológica e obstrução criminal. Durante a operação, em
2016, o advogado atuou para atrapalhar investigações do MPF (Ministério Público
Federal) e da PF (Polícia Federal) no maior caso de corrupção da cidade de Foz
do Iguaçu (PR.
O condenado foi encaminhado
para um presídio em São Paulo. Agora, ele aguarda os trâmites para a
transferência para o sistema penal do Paraná.
A condenação
Arguello foi condenado por
inserir declarações e documentos falsos para atrapalhar investigação. Durante a
Operação Pecúlio, o advogado tentou manipular as apurações para favorecer seu
cliente Reni Clóvis de Souza Pereira, ex-prefeito de Foz do Iguaçu e
apontado como o líder de uma organização criminosa que desviou milhões dos
cofres públicos do município.
A investigação apontou que
Arguello manteve contatos com outros investigados para extrair informações. Os
encontros aconteciam sem que os defensores dos outros suspeitos soubessem,
enquanto eles estavam presos.
A Operação Pecúlio apurou
irregularidades em processos licitatórios em Foz do Iguaçu. Segundo a PF e o MPF,
a organização criminosa liderada por Reni conseguia recursos ilícitos e
conseguia propinas em obras públicas e até na área da saúde. Membros do Poder
Executivo e do Legislativo estiveram envolvidos no escândalo.
Recursos públicos federais
eram desviados. Dinheiro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do
SUS foi desviado. Ao fim, 85 pessoas foram denunciadas por crimes de corrupção
passiva, peculato e fraude de licitação.