Intolerância e extremismo
Confesso que não me agrada muito ter que falar
sobre pessoas que misturam fé e política, que para mim devem ser dois temas
completamente diferentes e que devem ter o respeito pelas diferenças, sempre em
primeiro plano.
Mas como nosso Blog, tem o tema político e
aqui fazemos análises políticas, não poderia deixar de fazer algumas considerações
sobre uma publicação do atual presidente da câmara municipal de Santa Terezinha
de Itaipu, Fernando Dal Pont Junior, na qual faz comparações do ditador do
Reich alemão nazista Adolf Hitler, com o nosso presidente do Brasil, Luis
Inácio LULA da Silva.
Claro que respeitamos a opinião política do
nobre vereador, mas sinceramente acredito que na condição de presidente da
câmara municipal de um município e líder religioso, seu posicionamento não está
compatível com suas funções e pode sim ser considerado extremista,
preconceituoso e de intenções claríssimas de influenciar eleitores e fiéis
religiosos, misturando fé e política, claramente com intenções de depreciar e
criar rejeições sobre o presidente brasileiro.
Aliás, na condição de pastor evangélico,
creio que não seja adequado afirmar que uma pessoa deve ser exorcizada, só pelo
fato de ter pensamentos políticos diferentes e não ser o preferido de suas
escolhas eleitorais.
O ‘cartaz’ da publicação, também traz a
seguinte frase: “Mano, o capeta não dá uma trégua!”, dando a entender que o
presidente brasileiro possa ter relações diabólicas e representar o mal para
qualquer ser humano.
Sinceramente, sabedor que Adolf Hitler foi o líder do nazismo e um dos piores
ditadores da história, que iniciou a Segunda Guerra Mundial e orquestrou o
Holocausto, que resultou no genocídio sistemático de seis milhões de judeus e
milhões de outras pessoas consideradas indesejáveis pelo regime nazista,
nosso presidente da câmara municipal chega a ofender a capacidade de discernimento
das pessoas.
Mas
também, quero deixar claro que não estamos aqui para defender o presidente LULA
e respeitamos as críticas políticas de cada um, podendo ser até sobre o
comportamento pessoal de uma pessoa que esteja inflenciando indevidamente o
direito democrático, de liberdade de expressão, religiosa e política.