Ratinho Jr vence Lula, aponta pesquisa Futura

 

Aumentos consecutivos nos juros e cortes significativos nas áreas sociais

têm desanimado a base política e eleitoral progressista

Fonte: Blog do Esmael

Foto: Reprodução

Se as eleições presidenciais fossem hoje, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PT), venceria Lula (PT), atual presidente da República, no segundo turno. A afirmação surpreendente vem da pesquisa inédita do Instituto Futura, realizada entre 19 e 22 de março de 2025 e divulgada ontem (26). O que explica esse fenômeno? Será que qualquer governador teria essa força contra Lula, ou Ratinho possui algo a mais?

Com amostragem nacional de 1.001 entrevistas e margem de erro de 3,1%, a pesquisa Futura revelou um quadro preocupante para Lula. Em um eventual segundo turno contra Ratinho Júnior, Lula teria 37,2%, enquanto Ratinho alcançaria 40,6% dos votos. Outros 20,5% votariam nulo ou branco, demonstrando alto nível de insatisfação geral.

Mais grave para Lula é a desaprovação recorde registrada pelo levantamento: 59,7% dos brasileiros desaprovam seu governo, enquanto apenas 37% aprovam.

A pesquisa acendeu a luz vermelha no Palácio do Planalto. Fontes próximas ao governo admitem reservadamente que há falhas graves na comunicação e no enfrentamento à narrativa da oposição. Ratinho, que não tem histórico de embates diretos com Lula, capitaliza exatamente por ser visto como um “outsider” sem desgastes nacionais.

Já aliados de Bolsonaro veem com bons olhos o fortalecimento de qualquer figura que desafie o petista diretamente, aumentando a fragmentação dos votos contrários ao ex-presidente.

Historicamente, cenários como esses indicam desgaste político profundo, semelhante ao que antecedeu derrotas históricas como o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, quando a rejeição atingiu patamares semelhantes.

Além disso, o julgamento de Bolsonaro pelo STF pode transformar-se em “feitiço contra o feiticeiro”, aumentando ainda mais a polarização e fortalecendo candidatos alternativos, como Ratinho Júnior e Tarcísio de Freitas.

Esse cenário pode inviabilizar candidaturas do campo governista ao Senado, qual seja, vitaminando a bancada bolsonarista com a capacidade de impechament de ministros do Supremo a partir de 2027.

É importante destacar que o discurso em defesa da democracia, sozinho, não tem sido suficiente para manter Lula competitivo em 2026. Apenas um “cavalo de pau” na economia parece capaz de reverter a curva descendente enfrentada pelo presidente.

Conforme relatos obtidos, a unidade de ovo custar dois reais é inadmissível, representando mais que o dobro do preço anterior. O café também teve um aumento superior a 100% em apenas um ano, enquanto os salários e a renda dos trabalhadores não acompanharam esses aumentos. Para piorar, aumentos consecutivos nos juros e cortes significativos nas áreas sociais têm desanimado a base política e eleitoral progressista.

A pesquisa Futura sugere que Lula precisa recalibrar urgentemente sua estratégia econômica. Caso contrário, pode enfrentar dificuldades até mesmo para garantir um segundo turno nas próximas eleições. A aposta em confrontos diretos com Bolsonaro pode ter se tornado obsoleta, especialmente diante de novos nomes emergentes.

O levantamento da Futura aponta que 64,7% dos pesquisados consideram ruim o combate às altas nos preços, enquanto 59,1% ruim a situação econômica. A criação de empregos é considerada ruim por 42,8%. Esses números não podem ser desprezados.

Existe um ódio e rancor enraizados entre setores do eleitorado brasileiro, com origem em questões materiais. A não resolução desse problema objetivo pode equiparar Lula a Michel Temer (MDB), que, em virtude de sua rejeição estratosférica, não teve força política suficiente sequer para tentar a reeleição em 2018.

Ratinho Júnior, por sua vez, tem agora um desafio claro: consolidar sua posição nacionalmente, aproveitando a onda favorável, mas sem cair nas armadilhas do jogo pesado de Brasília.

A pesquisa Futura é um alerta crítico para Lula e um impulso poderoso para Ratinho Júnior. Mais do que um cenário eleitoral, é um termômetro da frustração e da divisão do país. Será que Lula e o PT perceberão a tempo, ou cavarão a própria sepultura?

Embora desconhecido, o Futura Inteligência foi criado em 1993. O instituto é ligado a um banco, segundo o mercado de pesquisas.

 


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